Conferência do Clima de Paris (COP 21)
Embora não exista um consenso sobre se as mudanças climáticas estão sendo provocadas pela ação do homem na natureza, as consequências delas estão aparecendo, o que gera uma grande preocupação com o tema.
Isso ficou demonstrado na Conferência do Clima de Paris, ou COP 21, realizada em dezembro de 2015, que teve como objetivo principal discutir ações para evitar as mudanças climáticas e os seus impactos no planeta.
O resultado alcançado em Paris foi positivo pois, pela primeira vez na história, chegou-se a um acordo global para limitar as emissões de gases de efeito estufa e para lidar com os impactos das mudanças climáticas. O ponto central do chamado Acordo de Paris, que valerá a partir de 2020, é a obrigação de participação de todas as nações – e não apenas países ricos – no combate às mudanças climáticas. Ao todo, 195 países membros da Convenção do Clima da ONU e a União Europeia ratificaram o documento.
Apesar das resistências de diversos países, que anteriormente eram contra o estabelecimento de medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e que chegavam a negar o aquecimento global, nenhum país está imune ao aquecimento global e aos problemas que podem ocorrem como:
- Submersão de grandes áreas (em alguns casos até de países inteiros);
- terras que se tornarão inférteis;
- secas, tempestades e enchentes catastróficas;
- falta de água e alimentos;
- imigração; emigração de populações afetadas.
Para evitar tais problemas, o principal acordo assumido na Conferência do Clima de Paris é o de limitar o aumento da temperatura média global – esse aumento deve ser menor que dois graus centígrados quando comparado à temperatura da terra de 250 anos atrás. Cada país apresentou suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (gás carbônico, por exemplo). Foi criado um fundo de US$ 100 bilhões anuais para financiar essas ações nos países em desenvolvimento pelos desenvolvidos. E a cada cinco anos será feita uma revisão do que está sendo feito e dos resultados obtidos no sentido de frear as mudanças climáticas.
Desafios para implementar o que foi acordado na Conferência do Clima de Paris
Nãos será fácil cumprir o que foi estabelecido no acordo é o que mostram cálculos feitos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), grupo que reúne especialistas em clima de todo o mundo.
Os cálculos mostram que as emissões teriam de ser reduzidas entre 70 a 90% em 2050, para garantir que a elevação de temperatura fique abaixo de dois graus centígrados.
Não há, também, um prazo para as ações necessárias. O documento final diz apenas que as emissões precisam começar a cair “assim que possível” e que têm de chegar a zero em algum momento “na segunda metade deste século”.
O texto deixa essencialmente nas mãos de cada país, de forma voluntária, a decisão sobre ampliar as ações de corte de emissões e o financiamento aos países menos desenvolvidos. Mas, se essa vontade falhar, corremos o risco de chegar a 2030 ainda numa trajetória de 3ºC, algo incompatível com a civilização como a conhecemos”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima.
Compromisso de todos para frear as mudanças climáticas
A assinatura do acordo feito na Conferência do Clima de Paris é um importante passo, no sentido que superou a resistência de vários países, mas não é suficiente. Não existem soluções rápidas para essa questão.
Será necessário inovar, buscar soluções diferentes, rever e aprimorar o que é feito hoje mas, sobretudo, ocorrer o compromisso de todos, governos, empresas e pessoas.
A contribuição que pode ser dada pelos setor de refrigeração e ar-condicionado
Como mencionamos, o compromisso de todos é necessário. E o setor de refrigeração e ar-condicionado tem uma importante contribuição a dar para diminuir os efeitos das mudanças climáticas. A principal é adotar hábitos mais sustentáveis em seu dia-a-dia como:
- usar fluídos refrigerantes com menores impactos ambientais;
- evitar vazamento de fluídos refrigerantes ara a atmosfera;
- economizar energia