Quando um circuito digital está em operação normal, pode gerar na sua saída, tensões correspondentes aos bits 0 e 1. Existe, entretanto, um terceiro estado no qual um circuito pode operar, o chamado terceiro estado (tristate) ou alta impedância. Em inglês são usados também os termos high impedance ou float (flutuar), como se o circuito estivesse desconectado.
Imagine por exemplo dois módulos de memória, cada um encaixado em seu respectivo soquete. Digamos que cada um desses módulos tenha 64 MB. Quando o processador acessa um endereço de memória entre 0 e 64 MB, o primeiro módulo está ativo e o segundo fica em tristate. Quando é acessado um endereço superior a 64 MB e até 128 MB, o segundo módulo estará ativo e o primeiro estará em tristate.
O uso do terceiro estado é necessário para que dois ou mais circuitos possam operar ligados ao mesmo ponto, ou ao mesmo barramento, porém apenas um de cada vez deverá entregar seus bits, e os demais devem ficar como se estivessem desligados. No terceiro estado, os circuitos estão energizados, mas sua resistência elétrica torna-se tão elevada que consomem uma corrente desprezivelmente pequena, não afetando o funcionamento dos demais circuitos.
A maioria dos chips tem a capacidade de entrar em tristate. Eles possuem um pino (ou seja, uma “perninha”) chamado CS, ou chip select. Quando este sinal está ativado, o chip está em uso normal. Quando este sinal é desativado, o chip entra em tristate.